Ando tão pequena dentro de mim mesma. Vírgula perdida dentro de tantas orações. Súplicas apaixonadas e suspiros cansados de quem tanto corre pra chegar sabe-se lá onde.
O pouco que eu sei que tenho é doce e só sabe fazer meu sangue errar de veia. E penso que desde sempre, quando eu só era uma criança boba, eu pedia: só quero meu sangue a errar de veia, errar de veia, de, errar, errar, veia, veia, veia. Sempre isso. Essa ilusão interna. Essa maldita ilusão interna. Maldita e bendita ao mesmo tempo. Porque só sou eu dentro desse corpo que só sabe aprisionar devido a isso. Isso que eu não sei bem o que é. Isso que no final das dúvidas deve me ser. Crua e inacabada. Pura e sem gelo.