Livros e cidades: Para ler no Rio de Janeiro

Uma das coisas que eu mais gosto quando viajo é encontrar um livro que dê match com onde eu vou. Claro que isso é super subjetivo e varia muito com o que você quer/pensa quando vai visitar um lugar. Mas é um processo bonito: mexer nas estantes, fuçar nos livros ainda não lidos, rever os já lidos para ver se vale à pena uma releitura, pesquisar novos títulos... Às vezes eu gosto de visitar livrarias locais e escolher algo aleatoriamente lá, às vezes me preparo mil e levo de casa. É uma lógica própria, que muda conforme a cidade e o passar do tempo.

Vou visitar o Rio de Janeiro pela primeira vez daqui a pouco e tô exatamente no momento de pensar: que livro vou ler lá?
O critério pode variar, mas acabo priorizando: autores do lugar; histórias que se passam no lugar; livros que tenham a ver com o clima do lugar; livros que tenham a ver com meu estado no momento.

Cheguei a uma listinha, ainda não definitiva, mas que pode servir de inspiração para você criar as suas (ou seguir a minha, caso também vá pro Rio). Olha aí:

Ai de ti, Copacabana - Rubem Braga
Rubem Braga é o cronista mór do universo. Ele inaugurou o estilo daquilo que entendemos como crônica hoje e, claro, usou muito o Rio de Janeiro como pano de fundo de vários de seus textos.


Fim - Fernanda Torres
Faz um tempinho que quero ler o romance Fim, com o qual a maravilhosa Fernanda Torres estreou na literatura. O livro focaliza a história de cinco amigos cariocas e a Fernanda também é carioca. Duplo match!

"Há graça, sexo, sol e praia nas páginas de Fim. Mas elas também são cheias de resignação e cobertas por uma tinta de melancolia. Humor sem superficialidade, lirismo sem cafonice, complexidade sem afetação, densidade sem chatice: de que mais precisa um romance para dizer a que veio?" (Companhia das Letras)

Antologia poética - Vinicius de Moraes
Uma palavra pra Vinicius: amor. Gosto de Vinicius desde que me conheço por gente, quando nem sabia ler direito e fuçava as edições da minha mãe, ainda do Círculo do Livro. Acho que é uma ótima deixa pra reler a Antologia poética e outras obras, como o livro de crônicas Para uma menina com uma flor.  Aproveita a onda e já mergulha na discografia do poetinha, que tem muita coisa para além da bossa nova.

A alma encantadora das ruas - João do Rio
Não li quase nada do João do Rio, o que é com certeza uma falha gravíssima que quero resolver logo! Sua obra está em domínio público desde 2010, ou seja, não tem desculpa pra não ler! Esse livro é uma reunião de textos publicados na imprensa carioca entre 1904 e 1907. Como já deixa claro no título, o livro funciona como um retrato urbano da realidade carioca da época - tudo isso por meio das crônicas de alguém que enxergou o Rio de Janeiro quase como uma extensão de si mesmo.

Copacabana dreams - Natércia Pontes
Esse livro foi publicado em 2013 e foi finalista do Prêmio Jabuti. Sempre flerto com ele, mas acabei nunca comprando. Segundo o site da Cosac: "O livro é o registro de uma Copacabana mística, um cenário em que desfilam a verdade e a mentira, o cinismo e a lágrima, a solidão e a sacanagem. São contos curtos, com personagens pinçados das ruas vivas do bairro carioca, que se cruzam num trânsito de circunstâncias íntimas, bizarras, líricas, tragicômicas. A jovem autora Natércia Pontes despe esse registro de toda facilidade e sentimentalismo para chegar a uma narrativa pop e poética, um mergulho de cabeça no que é mais perdidamente humano." Parece uma ótima opção também, né?

Ana Cristina Cesar - Poética
Ana Cristina Cesar é uma de minhas escritoras preferidas. Antes era bem difícil encontrar livros seus, mas desde 2013 tem Poética, o que deixou tudo mais fácil. Ela é carioca, mas mesmo que não fosse: sempre é hora de ler/reler Ana Cristina Cesar.

Adriana Falcão - Queria ver você feliz
Ah, esse livro <3 Ganhei de presente no começo deste ano, de uma amiga mais que querida. A história é super tensa e envolve amores difíceis e suicídio, tudo isso com um baita pé na realidade - Adriana Falcão se apropriou belamente da história dos pais dela, Caio e Maria Augusta, para escrever o livro. É foda, mas é leve. Bonito e triste, tudo ao mesmo tempo. Além disso, o amor é quem conta a história - um artifício narrativo no mínimo curioso. E ah, claro, O Rio de Janeiro é a cidade por trás da história. 

Natalie Portman como Jacqueline Kennedy + 3 ótimos filmes com a atriz

Eu sou apaixonada pela Natalie Portman. Um amor que nasceu lá em 2005, no alto dos meus 15 anos, quando assisti Closer pela primeira vez. 

O próximo filme dela será "Jackie", uma cinebiografia da Jacqueline Kennedy, com estreia prevista para 2017. O filme vai se focar nos primeiros dias depois do assassinado do presidente John Kennedy. Ou seja: vai ter drama, vai ter dor e ficaremos tacadas no chão do cinema, com toda a certeza.


Agora aproveita a onda e dá uma olhada em outros três filmes que eu amo, em que a Natalie  mostrou que é uma atriz maravilhosa e rainha do universo. 


Closer (2004)

Já assisti umas 50 vezes e não passa o amor. Acho foda, sofro, fico na bad com o quanto relacionamentos são sempre complicados, mas também fico cada vez mais apaixonada pela Alice, a personagem da Natalie no filme. I can't take my mind off of you... Till I'll find somebody new...




Garden State (2005)

Três coisas: Natalie Portman, Zach Braff, The Shins. Esse filme é leve, mas dolorido também. Tem roteiro e direção do maravilhoso Zach Braff e Natalie em um dos seus melhores papéis. Preciso rever Garden State, mas lembro de ter ficado extremamente encantada/abalada quando vi pela primeira vez. Pra melhorar, a trilha sonora é bem boa, incluindo duas ótimas músicas do The Shins.




Black Swan (2010)

Angústia, angústia, angústia. Um balde de angústia, desespero e pressão por perfeição - que, claro (sempre bom lembrar), não existe (ou existe e te deixa bem loka fazendo o cisne negro). O perturbador Black Swan rendeu o Oscar de Melhor Atriz para a Natalie.




E você, também tem algum filme com a Natalie Portman  na sua listinha de preferidos?  :) 

Ch Ch Ch Changes

O coração nonsense vai mudar um tiquinho. Aos meus dois leitores: nada grave, prometo. Acontece é que há tempos ando querendo falar mais. Eu gosto de falar. Falar muito. Falar com as pessoas. Falar sozinha. Escrever, anotar em caderninhos, ser lida e ouvida. E ando sentindo falta de um canal direto, tipo este aqui, que já venho cultivando há tantos anos e pelo qual tenho o maior carinho - quase como uma roupa de adolescente, que já não te cabe mais, mas você ainda gosta, sabe como? Então talvez seja o caso de mudar mesmo. Expandir, aumentar. Dividir outras coisas, falar mais e com maior frequência.

Quero falar sobre filmes, sobre bad trips das vida, mas sobre coisas belas também. Entrevistas, séries, obsessões, viagens... Quero contar sobre a loucura que foi visitar a Colombia e sobre o quanto eu amei Berlim e quero voltar; sobre como é bonito quando a gente percebe que se apaixonou por uma cidade pela primeira vez. 
Quero falar sobre coisas despretensiosas, mas pode ter papo sério também.

 Isso é sobre coisas que me inspiram - o que inclui, claro, literatura! E vai ter resenha, vídeo e o escambau. Escritos meus e de gente que eu admiro e quero  mais é espalhar por aí. Devaneios, listas, e o que mais surgir pelo caminho.
Aleatoriedades & outras coisas do coração. 

Vamos ver pra onde o barco leva.

Coisa minha, coisa nossa.

Vem junto :)


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