Há que se manter mesmo
certo mistério com os encontros
Alguma vergonha de pele
fruta visguenta escorrendo
talvez certa vontade de te chamar pelo meu nome
Tudo vira dia
quando somos eu e você
E não sei onde você começa
e onde eu termino
enquanto encaro nossas coxas
no lençol algum dia bem passado
Na sua arqueologia
descubro o passo sob o rio que não conheço
tateio o coração do mundo com os dedos dos pés
Não tenho medo
não precisa perguntar
Enquanto você dança
fugi da borda
dei a volta ao mundo
pulei de cabeça
Que desperdício forçar a si mesmo
a não sentir
Cedo aprendi: bom mesmo é dar a alma como lavada.
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