Porque o "Filho de mil homens" me travou de tal forma que eu tive a agoniante certeza de que não iria conseguir fazer nada da vida enquanto não lesse a última palavra da última linha da última folha.
Porque confundi Crisóstomo com Camilo o romance todo e confundir os dois é a coisa que mais faz sentido nesse mundo.
Porque sorri com a Nota do autor e o nó na garganta que ficou me pareceu com um amor muito grande por tudo:
"Este livro talvez tivesse ido parar ao lixo se não fosse o juízo da Clara Capitão, que me convenceu de que valia a pena, porque eu a cada cinquenta páginas de todos os livros quero ser outra pessoa qualquer e começar um outro livro qualquer que ainda não exista e sobre o qual não saiba quase nada.
Sei bem que sou filho de mim homens e mais mil mulheres. Queria muito ser pai de mil homens e mais mil mulheres."
Porque acho que ficarei com o cheiro do livro impregnado em mim e agora, enquanto o fecho e já penso em que lugar da estante vou colocá-lo, tenho vontade de queimar a agenda para lê-lo de novo e, assim que terminar, ler mais uma vez e mais uma vez e mais uma vez.
"Todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo.
Como se os nossos mil pais e mais as nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa,que nunca estaremos sós." (p. 188)
Seria ótimo ter seu comentário sobre este livro no nosso blog, que na categoria Diálogo com os Felizes, reflete sobre alguns trechos dele...Apareça e nos enriqueça! http://companhiadeaprendizagem.com.br/blog/?p=848
ResponderExcluirAbraços
TCris