Suspiro pós-leitura - O filho de mil homens, de Valter Hugo Mãe


Porque o "Filho de mil homens" me travou de tal forma que eu tive a agoniante certeza de que não iria conseguir fazer nada da vida enquanto não lesse a última palavra da última linha da última folha. 
Porque confundi Crisóstomo com Camilo o romance todo e confundir os dois é a coisa que mais faz sentido nesse mundo. 
Porque sorri com a Nota do autor e o nó na garganta que ficou me pareceu com um amor muito grande por tudo:
"Este livro talvez tivesse ido parar ao lixo se não fosse o juízo da Clara Capitão, que me convenceu de que valia a pena, porque eu a cada cinquenta páginas de todos os livros quero ser outra pessoa qualquer e começar um outro livro qualquer que ainda não exista e sobre o qual não saiba quase nada.
Sei bem que sou filho de mim homens e mais mil mulheres. Queria muito ser pai de mil homens e mais mil mulheres."
Porque acho que ficarei com o cheiro do livro impregnado em mim e agora, enquanto o fecho e já penso em que lugar da estante vou colocá-lo, tenho vontade de queimar a agenda para lê-lo de novo e, assim que terminar, ler mais uma vez e mais uma vez e mais uma vez. 


"Todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mães, e a solidão é sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo, para que nos pertença de verdade e se gere um cuidado mútuo. 
Como se os nossos mil pais e mais as nossas mil mães coincidissem em parte, como se fôssemos por aí irmãos uns dos outros. Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa,que nunca estaremos sós." (p. 188)

Um comentário

  1. Seria ótimo ter seu comentário sobre este livro no nosso blog, que na categoria Diálogo com os Felizes, reflete sobre alguns trechos dele...Apareça e nos enriqueça! http://companhiadeaprendizagem.com.br/blog/?p=848
    Abraços
    TCris

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