Alan Pauls, seu filho da puta


“De que em matéria de sentimentos não há como estabelecer limites rigorosos, não há fim, nada nunca termina realmente, tudo permanece dependente, indefinido, em estado de espera, e mesmo no caso de uma relação que termine, no sentido de que se rompa e cada membro seja ejetado numa direção diferente e tudo aquilo que possam ter compartilhado se dilacere e se divida em duas metades irreconciliáveis, mesmo neste caso, por mais um ou ambos reivindiquem o rompimento no momento mesmo em que ele se consuma, justificando-os com fatos, causas, argumentos convincentes, nenhum dos dois jamais terá condições de saber positivamente se isso, a cujo fim dizem assistir, termina de verdade ou só faz uma pausa para entrar em outra fase, por exemplo, de latência.”

(O passado, de Alan Pauls, p. 453)




Um comentário

  1. Pesadaa, Alan Pauls, seu filha da puta! Com toda certeza vou ler este livro :D

    ResponderExcluir

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...